Pensamentos de uma eterna aprendiz de cozinha e confeitaria

Pensamentos de uma segunda-feira de fevereiro
Hoje acordei me lembrando de como entrei no mundo da gastronomia/culinária/comidas…
Lembrei que, aos 10 anos de idade, a minha mãe disse que já era hora de aprender a cozinhar. Então, em um fim de semana que estávamos em casa ela me levou até a cozinha, eu peguei uma cadeira e coloquei ao lado da pia. Ela começou a me explicar o tempero básico de todo e qualquer prato: alho, sal e óleo. Explicou que a partir desse tempero poderia temperar arroz, feijão, molho de tomate entre outros pratos salgados. Lembro-me dos meus olhos atentos brilharem!
Então lá fui eu colocar a “mão na massa”. E o restante da família, mal fazia ideia do que comeria naquele dia… rsrsrs…
Fiz o básico, temperei o feijão, depois o arroz e algum acompanhamento que não lembro qual era. Para minha sorte os fogões daquela época não eram tão altos quanto alguns que existem hoje…
Arrumamos a mesa e chamamos todos para almoçar. E foi a hora do veredito… O meu primeiro feijão ficou sem sal e o arroz salgado. E com a minha mãe aprendi também a ser crítica. Ela disse que a comida tinha ficado boa e mesmo que um tivesse salgado e outro não, quando misturava ficava muito bom! Fiquei feliz e orgulhosa de meus primeiros pratos já saírem razoáveis.
Nessa época já desenvolvi a minha referência como auxiliar de cozinha, pois além de cozinhar, minha mãe ensinou que tinha que deixar a cozinha arrumada também (essa parte não era tão especial assim… rsrs).
E voltei à cozinha novamente aos 12 anos… Acho que minha mãe quis me dar um tempinho para me acostumar com os temperos… Rsrsrsrs
A minha felicidade era enorme quando íamos fazer compra no supermercado e adorava tudo que era diferente e sentia que poderia fazer alguma coisa especial. Minha mãe sempre gostava do básico e eu do diferente. Já não queria mais cozinhar arroz e feijão ou macarrão à bolonhesa e frango assado (os almoços de domingo).
Quando percebi que nas latinhas de creme leite e leite condensado ou então nas caixinhas de amido de milho tinham receitas diferentes. Ahhhh… para mim foi a descoberta do paraíso! Aí assumi definitivamente a cozinha de casa.
Com a minha avó paterna já tinha aprendido a fazer feira. Ela sempre ia à hora da xepa e eu no primeiro horário porque já queria comprar as frutas, legumes e verduras fresquinhos e sempre da melhor qualidade.
Toda quarta-feira íamos juntas nos dois horários. Eu por volta das 9 horas e ela ia comigo, mas reclamava dos preços. Voltava com ela por volta das 12 horas e eu reclamava da qualidade. Depois de uns cinco anos indo a feiras juntas, ela finalmente se rendeu ao meu horário… Disse que eu tinha razão, as coisas duravam mais tempo na geladeira. E ela sempre comprava as mesmas frutas (manga espada, banana nanica e laranja Bahia e mexerica) e dizia que era só do que meu avô gostava. Ledo engano… Hahahaha… Quando apresentei para o meu avô kiwi, uva Itália e pera… Ele perguntou para ela porque não comprava aquelas frutas. Xiiiiii… Saí de fininho… Kkkkkk…
Nesse período já tinha paquerado, namorado e noivado com a gastronomia que na época era só conhecida mesmo como comida, pelo menos no meu universo.
As minhas irmãs caçulas adoravam porque, com as latinhas de leite condensado, aprendi a fazer sobremesas que iam além de gelatinas coloridas e bolos recheados. Nesse período desenvolvi a minha competência como cozinheira e estava virando auxiliar de confeitaria… Rsrsrsrs… Durante as férias na casa da minha tia, aprendi com ela a fazer bombons de chocolate. E mais uma descoberta… A minha tia derretia o chocolate e enchia as forminhas, a minha prima e eu embalávamos com filme plástico. E assim fui aprendendo como trabalhar com o chocolate.

Aos 16 anos, quando tive que decidir pela minha primeira profissão escolhi o Secretariado porque ainda via como hobby as minhas aventuras pelos temperos e especiarias. Naquela época só ia trabalhar em cozinha quem não tinha estudo.
Trabalhando numa empresa de indústria química, um amigo disse que também fazia ovos de páscoa para presentear a família e falou de lojas que vendiam equipamentos e ingredientes. Resolvi me aventurar nos bombons e ovos de páscoa também. Mas aí já queria fazer bombons recheados, mesmo sem muito conhecimento, a minha irmã do meio e eu fomos à loja e encontrei aquelas famosas balinhas de licor e sabores diversos. Levei para casa e comecei a fazer. As minhas irmãs… Ahhhhh… felicidade absoluta! A do meio tinha por volta de 12 anos e a caçula uns 3. Eram com certeza as minhas degustadoras.
Passados uns 20 anos, a minha irmã caçula me disse uma vez. “Deia, sabe do que às vezes tenho vontade de comer? Uns bombons que tinha uma balinha e com um líquido dentro e deixavam uns cristaizinhos na boca. Não lembro onde comi isso, mas tenho muita vontade de comer de novo!”
Como vocês podem imaginar… caí na gargalhada, afinal minhas aventuras culinárias ainda provocam sensações em alguém… Hahahahaha… Claro que, toda orgulhosa, revelei que era eu quem fazia.
Não, não fiz para ela, porque hoje em dia tenho a consciência de que aquilo era horroroso… e também acabaria com a boa lembrança dela. Afinal, paladar infantil é muito diferente do adulto. O bom mesmo é só ficar na lembrança. Quem não adorava os guarda-chuvinhas de chocolate quando criança e resolveu comer quando adulto. Se você já fez isso, então sabe do que estou falando… Rsrsrs
E assim foi indo… Aos finais de semana as minhas “comidarias” em casa: gostava de fazer tortas com massa crocante e recheios de frango, queijo branco e presunto ou creme de milho. Frangos assados com maionese, coq au vin, fígado acebolado, strogonoff de carne, de frango.
A minha irmã do meio fazia uns pratões e mandava para dentro e quando eu perguntava se estava bom, ela respondia “Acho que sim”… Rsrsrsrs… Depois de um tempo ela aprendeu a degustar melhor.
Nesse período morava com a minha avó materna e tinha um tio que todo domingo já perguntava “quer que eu vá ao mercado para você?”, ele já tinha interesse nos meus pratos de domingos… Hahahaha… Ia quantas vezes eu precisasse e olha que eram muitas… Kkkkk
E a recompensa era sentar e almoçar uma comida diferente e a maioria das vezes deliciosa, realmente deliciosa. Acabei criando um paladar muito crítico e muito exigente.
Depois que terminei o ensino médio técnico, o meu estágio na TELESP tinha acabado e minha mãe estava com anemia e acabou que fiquei em casa por um tempo. Então me dediquei a cuidar da alimentação dela. Montei um cardápio para a semana e ela começou a levar marmita para o trabalho.
Lembro que cada dia era um prato diferente e levava também lanche da tarde. Aprendi a fazer pão e gostava de inventar formatos diferentes de bolos, anos depois descobri que os meus bolos assados em forminhas de empadas tinha o nome de cupcakes.
As refeições dela eram tão cobiçadas que um funcionário começou a pagar para enviar para ele tb. E os outros sempre ficavam de olho nos lanches deles. Então quando mandava pão, não podia mais mandar só duas fatias para ela, mas o pão inteiro.
Nesse período namorava um rapaz que se deu bem porque já montava a marmita dele também e tinha dias que fazia três pães: um para casa, um para o serviço da minha mãe e outro para o dele.
A minha mãe curou a anemia e ficou até mais gordinha… rsrsrsrs…
Depois disso, não lembro exatamente quanto tempo durou, mas arranjei um emprego que era bem longe e durante a semana já não cozinhava mais.
Engravidei e tive minha filha… e que delícia era poder fazer aos finais de semana as papinhas dela. E comia tuuuuudo…
Teve um momento em que a babá contratada não cozinhava muito bem. E aí lá fui eu novamente montar um cardápio para a semana e quando chegava do serviço ia para a cozinha deixar a comida pronta. Mas eu pedia para deixar tudo cortado e lavado, quando chegava era só cozinhar.
Aqui já tinha competência como chef de cozinha… Hahahahaha
Mas quando tive que mudar de emprego e ir para mais longe ainda, já não dava mais tempo de fazer isso, então, a babá teve que se virar. E claro, que a minha filha não gostava muito, mas se adaptou. A certeza de comida boa para ela era de arroz, feijão e bife ou frango frito…
Sei que vocês podem estar pensando… que tortura para mim, né? Sim, foi, mas tinha que trabalhar fora e assim foi. E ainda fazia faculdade de Organização e Gestão de Eventos no período noturno.
Conheci meu atual marido numa empresa em que trabalhamos por um ano e pouco, a empresa fechou e tivemos que procurar outros empregos. E o meu foi esse lugar bem longe, uma empresa de TV a cabo e ele no escritório de uma loja de roupas. Entre trabalhos e vontade de voltar a fazer algo para vender, veio a ideia do pão de mel.
Já tinha me formado, então aos finais de semana fazíamos pães de mel. Eu fazia a massa, e o meu amado namorado e atual marido, untava as forminhas, eu recheava e ele banhava, eu decorava e ele embalava. Foram uns dois ou três anos assim. Montamos o blog Deliciando em 2009 e estou com ele até hoje. São oito anos fazendo doces, escrevendo e fotografando. Uau!
Até que decidimos que eu poderia sair do emprego e me dedicar exclusivamente aos doces, afinal já estava fazendo bolos, cupcakes e pães de mel para fora. Minha filha já estava com nove anos, eu de saco cheio de babás e fomos morar juntos.
Decidi que já estava na hora de me profissionalizar, afinal, depois de tantos anos na cozinha queria aprender algo novo e mais profissional.
Fiz o curso técnico de cozinha, de chocolateiro, de confeitaria e entre outros, dentro e fora do país. Comecei a participar de encontros de blogueiros e tuitteiros. É um universo todo delicioso e degustativo!
Enquanto cursava, trabalhava em uma cozinha experimental de bombons finos, que nada tinham a ver com aquelas balinhas de licor.
Hoje, especificamente hoje, 06.02.17, acordei pensando sobre tudo isso. E acho engraçado quando faço alguma entrevista e me perguntam se tenho experiência na cozinha… Rsrsrs… De verdade, sinceramente tenho vontade de cair na gargalhada… mas respiro fundo e digo que não muito!
Afinal toda a minha experiência foi na cozinha de casa, ora cozinhando para 4 pessoas, ora para 20, pois quando morava na casa da minha avó, tinham também, os tios, os primos que moravam ao lado e sentiam o cheiro da minha comida e vinham comer também.
Se tenho experiência em controle de estoque, entradas e saídas de mercadorias… ora, ora… aos 12 anos eu quem fazia compras no mercado, na feira e no açougue.
Se tenho experiência em liderança de equipe… Opa! Já liderava o meu tio e os primos para me ajudarem a carregar as compras ou ir buscar algo que estava acabando. E mesmo como secretária coordenava os serviços dos Office boys. E quando completavam 18 anos os autorizava a procurar outros empregos.
Se tenho experiência comprovada em carteira… não! Tenho no dia a dia, na organização das festas da minha filha, na manutenção da família, na elaboração de cardápios e na preparação das refeições. Esse ano completo 42 anos de vida e tenho 30 de cozinha!
E hoje quando acordei, lembrei-me de quando puxei aquela cadeira branca de ferro para perto da pia para aprender sobre o que antes minha mãe não deixava chegar nem perto.

Cake Design Expo/Expo Brasil Chocolate 2016: cheia de novidades!

12003144_916162808478069_2975293717586299985_n

Com uma agenda de mais de 40 cursos teóricos, práticos e demonstrações, a Expo Brasil Chocolate 2016 será realizada de 09 a 12 de agosto, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo. Simultaneamente, também acontece a Cake Design Expo 2016. O evento, que chega à sétima edição, é direcionado para o mercado de confeitaria, cake designers, chefs confeiteiros, chocolatiers e aficionados por bolos, doces e chocolates.

logo_top
Os quatro dias de evento oferecem aos visitantes uma série de cursos a preços especiais e gratuitos, com abordagens técnicas e conceituais para as mais diferentes aplicações na confeitaria. Carole Crema, Ana Salinas, Leo Vilela, Rosângela Marinho, Rick Zavala, Gustavo Henrick, entre outros, estão entre os chefs confeiteiros e chocolatiers que participarão da edição com temas variados para profissionais experientes, iniciantes e entusiastas.

No dia 09, às 13h30, o ganhador da Batalha dos Confeiteiros Brasil, Rick Zavala, apresentará o tema “A Realidade do Reality” para contar como foi deixar de lado as suas inseguranças e acreditar na possibilidade de vitória durante o programa. Ele também falará sobre a sua participação na Batalha dos Confeiteiros Brasil e os meses do treinamento em New Jersey, EUA, com o cake boss Buddy Valastro, proprietário da Carlo´s Bakery. Destaque também para a palestra da chef americana Arcélia Gallardo, no dia 12 às 17h15, com o tema “From Bean to Bar” (da amêndoa ao chocolate). Nela, a proprietária do Mission Chocolate Brazil orientará sobre o processo completo de produção artesanal do chocolate com a degustação de cinco chocolates americanos premiados.

Haverá também uma grade especial de cursos gratuitos, oferecidos pelos expositores em seus estandes. São 50 vagas por curso, disponibilizadas por ordem de chegada. Diversos profissionais renomados ministrarão aulas durante o evento, como os chefs Elisabete Poblete, Gumercindo Dal´ Acqua, Juliana Badaró, Ricardo Campos, Roberto Kisz, Solange Piagge, Viviane Sousa, Nice Porto e Fabrice Le Nud.

A feira ainda terá exposição e venda de produtos e serviços, concurso e exposição de bolos e a presença de profissionais nacionais e internacionais da alta confeitaria. Os convites para a Cake Design Expo 2016 e Expo Brasil Chocolate 2016 podem ser adquiridos por R$ 10,00 a diária ou o pacote para todos os dias por R$ 25,00, tanto online como também na entrada do evento. Mais informações em www.cakedesignexpo.com.br e www.expobrasilchocolate.com.br.

SERVIÇO:
Cake Design Expo 2016 / Expo Brasil Chocolate 2016
Data: 09 a 12 de agosto de 2016 (terça-feira a sexta-feira)
Horário: 13h às 20h
Local: Centro de Convenções Frei Caneca (Rua Frei Caneca, 569 – Consolação – São Paulo/SP)
Convites: R$ 10,00 a diária ou o pacote para todos os dias por R$ 25,00, tanto online como também na entrada do evento.
Cursos: Demonstrativos: R$ 35,00 + taxa R$ 2,80 ou pacote com as 05 aulas diárias: R$ 150,00 + taxa R$ 11,99. Compra pelo site do evento / Práticos: R$ 560,00 + Taxa R$ 44,74. Compra pelo site do evento.
Estacionamento: Shopping Frei Caneca
– Normal: R$ 10,00 o período inicial de 2 horas. Hora adicional: R$ 4,00
– Valet: R$ 22,00 o período inicial de 2 horas. Hora adicional: R$ 6,00
– Motos: R$ 7,00 o período inicial de 2 horas . Hora adicional: R$ 4,00
Acessibilidade: Adaptação para portadores de necessidades especiais.
Ar Condicionado / Área de alimentação disponível no Shopping Frei Caneca / Bicicletário gratuito

**********
Sobre a Cake Design Expo e Expo Brasil Chocolate
Realizados simultaneamente desde 2009, os eventos são dedicados à expansão, aprimoramento, inovação e valorização dos mercados brasileiros de confeitaria e chocolates. Cake designers, chefs confeiteiros, chefs chocolatiers e aficionados por bolos, doces e chocolates, terão uma ampla agenda de atividades como cursos a preços populares e gratuitos, exposição de produtos e serviços, concurso e exposição de bolos, palestras e workshops, além da presença de profissionais nacionais e internacionais da alta confeitaria.

Acompanhe a Cake Design Expo nas redes sociais: #CakeDesignExpo #ExpoBrasilChocolate #amochocolate #loucosporchocolate #paixaoporconfeitaria #soucakedesigner

Facebook: @CakeDesignExpo / @expochocolate
Instagram: @cakedesignexpo / expobrasilchocolate
Twitter: @am3feiras
YouTube: am3feiras

Série: Eu li! – O clube das chocólatras

Comecei a ler sem muita fé o livro O Clube das Chocólatras e depois quase não consegui largá-lo… rsrs

A leitura é bem dinâmica e gostosa. Conta a história de quatro mulheres que se conheceram numa loja de chocolates: Paraíso do chocolate.

E a cada urgência elas convocam uma reunião na loja para se confortarem com o aconchego preferido delas: o chocolate.

Lucy: é uma moça que tem um namoro firme, mas que a faz infeliz. Por ser insegura, ela continua aceitando as suas desculpas até o momento que o encontra com outra. Não tem um emprego instável, mas trabalha numa empresa e o seu chefe a fica paquerando e esse dueto dá o que falar.

Autumm: mora sozinha e trabalha com jovens drogados numa ONG, porém não consegue cuidar do próprio irmão que é viciado em cocaína e ainda trafica. Ambos são filhos de pais ricos, porém ausentes.

Nadia: uma mãe de família com casada com Toby e tem um filhinho chamado Lewis. Passa apertos, porém a situação fica pior quando descobre que o seu marido está viciado em jogos de azar. Ela o proíbe de jogar, ele aceita, mas depois descobre que ele estava mentindo… será que ela vai largá-lo?

Chantal: uma mulher bem-sucedida casada com Ted, porém o seu casamento não vai bem porque o seu marido se recusa a manter relações sexuais com ela. Para se consolar, Chantal mantém relações fora de seu casamento até o dia que o seu marido descobre. Num dos encontros extraconjugais ela é furtada por um de seus amantes e entra em desespero, mas mesmo assim resolve ajudar Nadia.

A cada capítulo vc se delicia com os sabores dos chocolates que elas experimentam e se empolga com cada desfecho das histórias.

livro-clube-das-chocolatras

O Clube das Chocólatras

autora: Matthews, Carole

editora: Bertrand Brasilisbn

ISBN: 9788528613384