Bolo e música: um casamento lindo!

Olás

Recebi um pedido para fazer um bolo com piano e violino!

Foi uma delícia fazê-lo… ainda mais quando a cliente depois dizendo que amou o bolo, tanto a decoração como o sabor. 🙂

bolo_piano1

bolo_piano2A massa de baunilha com recheio de brigadeiro… hummmm….

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Entre em contato: andrea.janaina@deliciando.com.br ou pelo whatsapp (11) 99724-7342

 

Pensamentos de uma eterna aprendiz de cozinha e confeitaria

Pensamentos de uma segunda-feira de fevereiro
Hoje acordei me lembrando de como entrei no mundo da gastronomia/culinária/comidas…
Lembrei que, aos 10 anos de idade, a minha mãe disse que já era hora de aprender a cozinhar. Então, em um fim de semana que estávamos em casa ela me levou até a cozinha, eu peguei uma cadeira e coloquei ao lado da pia. Ela começou a me explicar o tempero básico de todo e qualquer prato: alho, sal e óleo. Explicou que a partir desse tempero poderia temperar arroz, feijão, molho de tomate entre outros pratos salgados. Lembro-me dos meus olhos atentos brilharem!
Então lá fui eu colocar a “mão na massa”. E o restante da família, mal fazia ideia do que comeria naquele dia… rsrsrs…
Fiz o básico, temperei o feijão, depois o arroz e algum acompanhamento que não lembro qual era. Para minha sorte os fogões daquela época não eram tão altos quanto alguns que existem hoje…
Arrumamos a mesa e chamamos todos para almoçar. E foi a hora do veredito… O meu primeiro feijão ficou sem sal e o arroz salgado. E com a minha mãe aprendi também a ser crítica. Ela disse que a comida tinha ficado boa e mesmo que um tivesse salgado e outro não, quando misturava ficava muito bom! Fiquei feliz e orgulhosa de meus primeiros pratos já saírem razoáveis.
Nessa época já desenvolvi a minha referência como auxiliar de cozinha, pois além de cozinhar, minha mãe ensinou que tinha que deixar a cozinha arrumada também (essa parte não era tão especial assim… rsrs).
E voltei à cozinha novamente aos 12 anos… Acho que minha mãe quis me dar um tempinho para me acostumar com os temperos… Rsrsrsrs
A minha felicidade era enorme quando íamos fazer compra no supermercado e adorava tudo que era diferente e sentia que poderia fazer alguma coisa especial. Minha mãe sempre gostava do básico e eu do diferente. Já não queria mais cozinhar arroz e feijão ou macarrão à bolonhesa e frango assado (os almoços de domingo).
Quando percebi que nas latinhas de creme leite e leite condensado ou então nas caixinhas de amido de milho tinham receitas diferentes. Ahhhh… para mim foi a descoberta do paraíso! Aí assumi definitivamente a cozinha de casa.
Com a minha avó paterna já tinha aprendido a fazer feira. Ela sempre ia à hora da xepa e eu no primeiro horário porque já queria comprar as frutas, legumes e verduras fresquinhos e sempre da melhor qualidade.
Toda quarta-feira íamos juntas nos dois horários. Eu por volta das 9 horas e ela ia comigo, mas reclamava dos preços. Voltava com ela por volta das 12 horas e eu reclamava da qualidade. Depois de uns cinco anos indo a feiras juntas, ela finalmente se rendeu ao meu horário… Disse que eu tinha razão, as coisas duravam mais tempo na geladeira. E ela sempre comprava as mesmas frutas (manga espada, banana nanica e laranja Bahia e mexerica) e dizia que era só do que meu avô gostava. Ledo engano… Hahahaha… Quando apresentei para o meu avô kiwi, uva Itália e pera… Ele perguntou para ela porque não comprava aquelas frutas. Xiiiiii… Saí de fininho… Kkkkkk…
Nesse período já tinha paquerado, namorado e noivado com a gastronomia que na época era só conhecida mesmo como comida, pelo menos no meu universo.
As minhas irmãs caçulas adoravam porque, com as latinhas de leite condensado, aprendi a fazer sobremesas que iam além de gelatinas coloridas e bolos recheados. Nesse período desenvolvi a minha competência como cozinheira e estava virando auxiliar de confeitaria… Rsrsrsrs… Durante as férias na casa da minha tia, aprendi com ela a fazer bombons de chocolate. E mais uma descoberta… A minha tia derretia o chocolate e enchia as forminhas, a minha prima e eu embalávamos com filme plástico. E assim fui aprendendo como trabalhar com o chocolate.

Aos 16 anos, quando tive que decidir pela minha primeira profissão escolhi o Secretariado porque ainda via como hobby as minhas aventuras pelos temperos e especiarias. Naquela época só ia trabalhar em cozinha quem não tinha estudo.
Trabalhando numa empresa de indústria química, um amigo disse que também fazia ovos de páscoa para presentear a família e falou de lojas que vendiam equipamentos e ingredientes. Resolvi me aventurar nos bombons e ovos de páscoa também. Mas aí já queria fazer bombons recheados, mesmo sem muito conhecimento, a minha irmã do meio e eu fomos à loja e encontrei aquelas famosas balinhas de licor e sabores diversos. Levei para casa e comecei a fazer. As minhas irmãs… Ahhhhh… felicidade absoluta! A do meio tinha por volta de 12 anos e a caçula uns 3. Eram com certeza as minhas degustadoras.
Passados uns 20 anos, a minha irmã caçula me disse uma vez. “Deia, sabe do que às vezes tenho vontade de comer? Uns bombons que tinha uma balinha e com um líquido dentro e deixavam uns cristaizinhos na boca. Não lembro onde comi isso, mas tenho muita vontade de comer de novo!”
Como vocês podem imaginar… caí na gargalhada, afinal minhas aventuras culinárias ainda provocam sensações em alguém… Hahahahaha… Claro que, toda orgulhosa, revelei que era eu quem fazia.
Não, não fiz para ela, porque hoje em dia tenho a consciência de que aquilo era horroroso… e também acabaria com a boa lembrança dela. Afinal, paladar infantil é muito diferente do adulto. O bom mesmo é só ficar na lembrança. Quem não adorava os guarda-chuvinhas de chocolate quando criança e resolveu comer quando adulto. Se você já fez isso, então sabe do que estou falando… Rsrsrs
E assim foi indo… Aos finais de semana as minhas “comidarias” em casa: gostava de fazer tortas com massa crocante e recheios de frango, queijo branco e presunto ou creme de milho. Frangos assados com maionese, coq au vin, fígado acebolado, strogonoff de carne, de frango.
A minha irmã do meio fazia uns pratões e mandava para dentro e quando eu perguntava se estava bom, ela respondia “Acho que sim”… Rsrsrsrs… Depois de um tempo ela aprendeu a degustar melhor.
Nesse período morava com a minha avó materna e tinha um tio que todo domingo já perguntava “quer que eu vá ao mercado para você?”, ele já tinha interesse nos meus pratos de domingos… Hahahaha… Ia quantas vezes eu precisasse e olha que eram muitas… Kkkkk
E a recompensa era sentar e almoçar uma comida diferente e a maioria das vezes deliciosa, realmente deliciosa. Acabei criando um paladar muito crítico e muito exigente.
Depois que terminei o ensino médio técnico, o meu estágio na TELESP tinha acabado e minha mãe estava com anemia e acabou que fiquei em casa por um tempo. Então me dediquei a cuidar da alimentação dela. Montei um cardápio para a semana e ela começou a levar marmita para o trabalho.
Lembro que cada dia era um prato diferente e levava também lanche da tarde. Aprendi a fazer pão e gostava de inventar formatos diferentes de bolos, anos depois descobri que os meus bolos assados em forminhas de empadas tinha o nome de cupcakes.
As refeições dela eram tão cobiçadas que um funcionário começou a pagar para enviar para ele tb. E os outros sempre ficavam de olho nos lanches deles. Então quando mandava pão, não podia mais mandar só duas fatias para ela, mas o pão inteiro.
Nesse período namorava um rapaz que se deu bem porque já montava a marmita dele também e tinha dias que fazia três pães: um para casa, um para o serviço da minha mãe e outro para o dele.
A minha mãe curou a anemia e ficou até mais gordinha… rsrsrsrs…
Depois disso, não lembro exatamente quanto tempo durou, mas arranjei um emprego que era bem longe e durante a semana já não cozinhava mais.
Engravidei e tive minha filha… e que delícia era poder fazer aos finais de semana as papinhas dela. E comia tuuuuudo…
Teve um momento em que a babá contratada não cozinhava muito bem. E aí lá fui eu novamente montar um cardápio para a semana e quando chegava do serviço ia para a cozinha deixar a comida pronta. Mas eu pedia para deixar tudo cortado e lavado, quando chegava era só cozinhar.
Aqui já tinha competência como chef de cozinha… Hahahahaha
Mas quando tive que mudar de emprego e ir para mais longe ainda, já não dava mais tempo de fazer isso, então, a babá teve que se virar. E claro, que a minha filha não gostava muito, mas se adaptou. A certeza de comida boa para ela era de arroz, feijão e bife ou frango frito…
Sei que vocês podem estar pensando… que tortura para mim, né? Sim, foi, mas tinha que trabalhar fora e assim foi. E ainda fazia faculdade de Organização e Gestão de Eventos no período noturno.
Conheci meu atual marido numa empresa em que trabalhamos por um ano e pouco, a empresa fechou e tivemos que procurar outros empregos. E o meu foi esse lugar bem longe, uma empresa de TV a cabo e ele no escritório de uma loja de roupas. Entre trabalhos e vontade de voltar a fazer algo para vender, veio a ideia do pão de mel.
Já tinha me formado, então aos finais de semana fazíamos pães de mel. Eu fazia a massa, e o meu amado namorado e atual marido, untava as forminhas, eu recheava e ele banhava, eu decorava e ele embalava. Foram uns dois ou três anos assim. Montamos o blog Deliciando em 2009 e estou com ele até hoje. São oito anos fazendo doces, escrevendo e fotografando. Uau!
Até que decidimos que eu poderia sair do emprego e me dedicar exclusivamente aos doces, afinal já estava fazendo bolos, cupcakes e pães de mel para fora. Minha filha já estava com nove anos, eu de saco cheio de babás e fomos morar juntos.
Decidi que já estava na hora de me profissionalizar, afinal, depois de tantos anos na cozinha queria aprender algo novo e mais profissional.
Fiz o curso técnico de cozinha, de chocolateiro, de confeitaria e entre outros, dentro e fora do país. Comecei a participar de encontros de blogueiros e tuitteiros. É um universo todo delicioso e degustativo!
Enquanto cursava, trabalhava em uma cozinha experimental de bombons finos, que nada tinham a ver com aquelas balinhas de licor.
Hoje, especificamente hoje, 06.02.17, acordei pensando sobre tudo isso. E acho engraçado quando faço alguma entrevista e me perguntam se tenho experiência na cozinha… Rsrsrs… De verdade, sinceramente tenho vontade de cair na gargalhada… mas respiro fundo e digo que não muito!
Afinal toda a minha experiência foi na cozinha de casa, ora cozinhando para 4 pessoas, ora para 20, pois quando morava na casa da minha avó, tinham também, os tios, os primos que moravam ao lado e sentiam o cheiro da minha comida e vinham comer também.
Se tenho experiência em controle de estoque, entradas e saídas de mercadorias… ora, ora… aos 12 anos eu quem fazia compras no mercado, na feira e no açougue.
Se tenho experiência em liderança de equipe… Opa! Já liderava o meu tio e os primos para me ajudarem a carregar as compras ou ir buscar algo que estava acabando. E mesmo como secretária coordenava os serviços dos Office boys. E quando completavam 18 anos os autorizava a procurar outros empregos.
Se tenho experiência comprovada em carteira… não! Tenho no dia a dia, na organização das festas da minha filha, na manutenção da família, na elaboração de cardápios e na preparação das refeições. Esse ano completo 42 anos de vida e tenho 30 de cozinha!
E hoje quando acordei, lembrei-me de quando puxei aquela cadeira branca de ferro para perto da pia para aprender sobre o que antes minha mãe não deixava chegar nem perto.

Smash the Cake: Flores

Voltamos a todo vapor!

Tivemos um probleminha no blog e nem pude desejar Feliz Ano Novo! Estou dentro do prazo né, afinal ainda não passou o Carnaval..rsrsrsrs….

E o tema do bolo foi Flores!

flores

Fotografia: Bete Sozza

Decoração: Farfalla Arte Personalizada

Para encomendar o bolo? É só falar comigo! Sou a Andrea, celular 99724-7342 (whatsapp) ou por e-mail andrea.janaina@deliciando.com.br